Brechas
Não vivo
Sobrevivo
Por entre frestas
Arestas, brechas...
Me esgueirando pelos escuros
Pelos cantos
Que canto sozinha...
Encurralada,
Apertada, agoniada...
Sem saída
Sem luz
Sem vida.
Falsas ilusões
De portas e janelas
Abertas
Como uma pseudo saída
Para uma vida
Que lá fora não existe.
Que me engana
Que me deixa em círculos
Viciosos
Sempre indo e voltando
Raivosos
Por nunca saírem do lugar...
Por estar presa
Acuada
Sem sombra de dúvida
Sem vida
Sem nada...